(o que era pra ser uma festa, virou tragédia)
Em muitos momentos percebemos que o futebol não é apenas uma paixão, mas também uma força política que ajuda a manter governos, parar guerras com aconteceu muitas vezes nas excursões do Santos de Pelé e reafirmar a importância de algumas nações como aconteceu recentemente no amistoso da Seleção Brasileira no Haiti. E nesse mês em Angola na Afríca ele foi palco de mais uma demonstração de como o gramado é por vezes invadido por questões políticas.
O ataque a delegação de Togo ou à sua escolta como se defendeu a Frente de Liberação do Enclave de Cabinda (FLEC) ocorreu em uma região de soberania Angolona, mas que não se liga ao território do país e é responsável pela produção de aproximadamente 80% do petróleo produzido pelo mesmo. Só nessa frase da pra entender o que acontece, existe uma região que não faz fronteira com o país mas que tem uma importância econômica ímpar, mas que tem um movimento separatista que pratica atos terroristas e os cartolas resolvem mandar alguns jogos da competição lá, o que é de uma irresponsabilidade total.
Depois do ocorrido um outro cartola ainda munido de um discurso extremamente cretino disse que o erro seria da delegação Togolesa que foi para o evento de ônibus quando o recomendado era que estes chegassem de avião, ué se é um lugar que não se pode circular de transporte terrestre por causa de suas turbulências políticas como ele poderia ser sede de um evento esportivo dessas proporções? As irresponsabilidades da Confederação Africana de Futebol (CAF) levaram a mortes e o ferimento de alguns jogadores e membros da comissão técnica, fora o trauma que vai ficar na mente os sobreviventes, que viram amigos e colegas de profissão serem mortos.
A Fifa que é o orgão que cuida do futebol também se ausentou de maiores comentários, dizendo que lamentava o ocorrido, mas esta entidade que exige segurança nos estádios e sensatamente "tirou" Israel das competições Asiáticas tem tempos, porque não interviu quando recebeu o cronograma da Copa Africana de Nações (CAN)? Nesses momentos em que a política invade o gramado vemos o quanto os dirigentes e governantes estão pouco preocupados com os jogadores e espectadores, tentando reafirmar a soberania sobre uma região rebelde, infelizmente Angola reafirmou a intolerância que ainda impera na África e botou em cheque a questão da segurança no continente para que este possa vir a sediar mais eventos esportivos de grande porte, um verdadeiro tiro no próprio pé através deste evento trágico, mas que poderia ter sido evitado.