Vitória a longo prazo



(a cereja do bolo, Pet e Adriano)

O Flamengo é Campeão Brasileiro e isso não é uma surpresa tão grande assim. Desde a arrancada com Joel em 2007 o time carioca vem fazendo campanhas dignas em âmbito nacional e nesse ano não foi diferente. Já tinha algum tempo que se conhecia a base do flamengo que era montada com bons volantes (Kléberson , Ibson ou Jônatas), que sabem marcar e sair para o jogo. Aliado a uma defesa bem postada e versátil que começa com Bruno, teve sempre como ponto de referência o Ronaldo Angelim [que ano passado tinha a compainha de Fábio Luciano e nesse ano achou em Álvaro o seu melhor companheiro]. E a força dos dois alas [laterais hoje em dia] Juan e Leonardo Moura.

Não se engane, mesmo com todos os seus problemas, as confusões, falta de estrutura o Flamengo ganhou o título desse ano e outro tri-carioca por causa da base. O que faltou nesse meio tempo foi a cereja no bolo, encontrar um atacante matador [eles apostaram em Souza, Josiel, Obina, Denis Marques] além de um meia que armasse o jogo [nesse caso as apostas foram Renato Augusto, Leo Lima, Marcinho e Sambueza]. Obviamente alguns desse jogadores que até deram certo,  mas sairam por falta de dinheiro, o cara até dava certo mas o Flamengo não tinha condições de mante-lo no elenco, ao menos conseguia segurar uma base o que sempre ajuda.

E foi essa base que facilitou ou ajudou muito ao título desse ano. Para alguns times como é o caso do Atlético-MG além de decidir as partidas no final do campeonato, faltou uma base. Outros times que tinham um pouco mais de base pecaram por terem problemas internos além da conta, como vimos e sabemos tanto Palmeiras quanto o São Paulo enfrentaram rachas internos. E a chegada de Andrade veio para acabar com isso no Flamengo. Existia uma rusga envolvendo Cuca os dois jogadores que veriam a ser as duas principais armas para devolver o título a Gávea [Petkovic e Adriano].

Ainda que tenha sido questionado no início do seu trabalho por algumas lideranças dentro do elenco, o apaziguador Andrade soube mostrar o seu valor e conduzir com calma e sabedoria o time às vitórias. Mostrou também que os professores não precisam brigar sempre com árbitros e viverem xingando jogadores e os profissionais que trabalham cobrindo o futebol. Mostrou que tão importante quanto ter nome é saber gerenciar o grupo e felicidade dos principais jogadores. Assim como Pet e Adriano mostraram que nem sempre cartilhas e concentrações em exesso ganham jogos, a disciplina é sim necessária, mas nem deve ser exessiva ao ponto de trazer desconfoto e ter um grupo de submissos.

O Flamengo ganhou no conjunto da obra e também porque quis mais, lutou mais e não desistiu nunca, saindo de uma desvantagem de 12 pontos faltando 11 rodadas para o fim do campeonato. Esse não é necessariamente um modelo a ser seguido, mas funcionou, não é melhor nem o pior é que se adapta a realidade do rubro-negro carioca. Cabe a cada time conhecer seu grupo e pensar no que é melhor pra sí e a nós a admirar essa bela conquista para a grande nação flamenguista. Próximo ano é outra história, mas desde de 2007 o Flamengo vem mostrando que veio pra ficar e nesse ano provou que pode ser grande de novo, apesar de todas as adverssidades. Vencer, vencer, vencer, uma vez Flamengo, Flamengo até morrer!
 

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