A distância ainda é grande


(Materazzi, comemora com uma máscara de Berlusconi)

Milan e Inter se enfrentaram no Domingo em San Siro (Giuseppe Meazza) em um jogo que praticamente decidiria o título de campeão italiano dessa temporada. O jogo de um modo geral foi muito bom e serviu não só pelo futebol apresentado muito competitivo, tático, corrido e cheio de emoções, serviu também para delimitar algumas coisas. A Inter é o hoje o melhor time italiano, com um elenco riquíssimo e com um treinador extremamente competente, que quando se dispõem como foi o caso no clássico dessa semana joga em um nível que se equipara as grandes forças da Europa (Barcelona e Chelsea basicamente) e pode sim ganhar a Champions League desse ano, mas para isso tem que fazer com que o nível de suas atuações nos grandes palcos da Europa se assemelhem ao deste fim de semana.

Não consigo compreender como Maradona não chama Diego Milito e Cambiasso com mais freqüência para a seleção Argentina os dois estão entre os melhores do mundo em suas respectivas posições. O eterno capitão Zanetti ainda tem muita lenha para queimar e com a ajuda de Maicon que também vive fase estupenda anulou Ronaldinho Gaúcho. A contratação de Pandev a cada partida se mostra um trunfo especial na campanha dos nerazuros, provavelmente a de maior impacto nesse mercado de inverno.

O Milan ainda é uma equipe em construção e como já foi dito em outros momentos carece que peças mais confiáveis, Boriello vive excelente fase, mas nunca será um World Class capaz de decidir jogos em sequência e enfrentar marcações mais fortes. Antonini e Abate são muito fracos e a escolha de Favalli para substituir Nesta também me pareceu equivocada, mesmo não estando em grande fase Kaladze conhece melhor a posição é muito melhor marcador. O Milan não vai ser campeão italiano e deve se preocupar em fazer um bom papel na Champions, mas principalmente tem que ter em mente que o time precisa de peças para melhorar e contratar é preciso.

A Roma e Juventus fizeram o outro clássico dessa semana e fica cada dia mais evidente que a equipe de Turim se perdeu, o ambiente não é bom, a torcida não apóia mais, os jogadores parecem confusos em campo a distância para a vaga a próxima Champions League ainda é aceitável, mas o time precisa reagir o quanto antes para não tornar a temporada que tinha tudo pra ser a de volta a luta por títulos em um completo fracasso. Já a Roma deve sentir um pouco a ausência de Toni que se machucou, mas ganha a volta de Totti como consolo além de ir abrindo vantagem contra os concorrentes diretos por uma classificação nas competições européias na próxima semana.

O Napoli continua a sua caminhada a uma temporada mágica, depois de muito tempo sem produzir bons resultados na Série A parece que esse ano as coisas serão diferentes e aliando uma base jovem que tem como expoentes Maggio (autor de um golaço muito parecido com o de Van Basten contra a URSS na final da Euro 88), Hamsik, Denis, Lavezzi e Gargano e um futebol ofensivo a equipe vem fazendo um exelente papel. O time do Sul já completa 14 partidas sem derrotas, colecionando resultados importantes contra os grandes incluindo vitórias contra a Juve e a Fiorentina fora de casa, se mantiver a campanha invicta dentro de casa no 2º turno é capaz de conseguir uma heróica classifação para a Champions League.
 

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