(essa cena pode ser repetir em breve)
Algumas pessoas podem não acreditar na falta de renovação da Argentina, mas vou dar alguns dados alarmantes que atestam o desperdício de três gerações campeãs do Mundial Sub-20 em 2001, 2005 e 2007 e terceira colocada em 2004. Primeiro, qualquer time que se preze tem um bom goleiro, o Brasil vem de Taffarel que se não era unanimidade era muito seguro, depois quem assumiu a posição foi Dida que quando agarrava na seleção como goleiro titular estava entre os melhores do mundo e agora o Júlio César que também se encontra no seu auge. Já os hermanos não tem um goleiro que passe segurança pra seus companheiros desde Goycochea, passando por arqueiros do nível de Burgos, Lux, Leo Franco, Abbondanzieri (que nunca mostrou a segurança da época do Boca na selação) entre outros desastres e finalmente Andújar que joga no fraco Catania, tendo como reserva imediato o fraco Carrizo que joga no fortíssimo Zaragoza.
Na defesa eles que já tiveram jogadores do calibre de Ruggeri, Ayala, e Passarela tinham no jogo quanto o Brasil Sebá (ex-corinthians) que é apenas mediano e ainda contavam com os já jurássicos Heinze na lateral esquerda (que é zagueiro de origem e nas duas posições não merece ser jogador nem da seleção do Peru) e Zanetti que já deveria ter se aposentado da seleção faz tempo, mas não o faz claramente por faltas de opções. Samuel que foi vendido por rios de dinheiro da Roma pra o Real Madrid nunca mais mostrou o futebol que lhe projetou no Boca e que esteve presente em boa parte de sua passagem na capital italiana, hoje convive mais com a enfermaria. Coloccini que surgiu como promessa no Milan e peregrinou pelo futebol espanhol nunca vingou.
Do meio pra frente jogadores que eram tidos na sua formação como grandes promessas como Gallardo, Saviola, Ortega, D’Allesandro, Aimar, e Cavenaghi não foram realmente, além disso, e nunca chegaram a ser protagonistas do futebol europeu ficando presos a times medianos ou fracassando em times grandes. Diego Milito que teve razoável sucesso no Zaragozza e no Genova, mas ainda esta caminhando na Inter de Milão, Cambiasso não comprometeu no Real Madrid e é parte importante na engrenagem da Tetra Campeã italiana Inter de Milão, mas não vem jogando com freqüência na seleção sendo preterido pelo bom, mas instável Mascherano que alternas boas partidas e erros primários no Liverpool.
Ainda que falem de jogadores como Riquelme ou Veron os mesmo não foram felizes em suas passagens pelos gigantes europeus. Riquelme fracassou no Barça e ainda perdeu o pênalti que levaria o Villareal a final da Champions League de 2006 contra o mesmo Bracelona, vencida sobre o Arsenal. Já Veron, fez sucesso razoável no Parma o que o levou a se transferir para Lazio que tinha como base Stankovic, Nedved, Nesta, Vieri, Salas, Mancini entre outros e foi campeã Italiana de 2001, mas posteriormente não mostrou o mesmo futebol nem no Manchester United, nem no Chelsea ou mesmo na Inter de Milão.
E por fim falta claramente um centro avante que anteriormente já foi representado na figura do mítico Mário Kempes, no matador Batistuta e no oportunista Crespo, hoje tem como opções o apenas mediano Júlio Cruz o já velho e lendário perdedor de pênaltis Palermo além dos nanicos Tevez que fez sucesso como protagonista na América do Sul no Boca e no Corinthinas, mas era reserva no Manchester United e hoje é figurante também no seu rival o Manchester City e Aguero que faz sucesso no hoje modesto Atlético de Madrid.
O resumo dessa ópera toda é que falta a Argentina não só esquema tático e um técnico que saiba conduzir a sua equipe e suas limitações, mas principalmente um ou mais jogadores que possa desafogar a marcação em cima de Messi claramente o único jogador acima da média em uma geração mediana. Esta faltando mão de obra, e se algumas pessoas a algum tempo atrás falavam que os jogadores argentinos se adaptavam melhor na Europa é melhor rever esse conceito. Falta aos hermanos mais protagonistas, pois isso eles sempre foram, só que agora estão se tornando uma seleção de coadjuvantes assim como o futebol apresentado contra o Brasil.